Será o fim da pandemia na França ?

Os últimos anúncios do governo da França são de esperança e incentivam os territórios e todo o destino na promoção do turismo. Claro, com protocolos que ainda se mantém, mas com segurança e adaptabilidade, no último dia 20 de janeiro, o Conselho Sanitário se reuniu e um novo ponto sobre a situação e evolução da pandemia foi anunciado. A evolução começa a se desenhar, mesmo com o surgimento de muitos casos recentemente, durante esse mês de fevereiro, novas medidas serão tomadas para frear a epidemia.

Lembramos que uma nova onda excepcional, Delta e Omicron, que chegou no final de 2021 no território e por conta da sua força de contágio, mais de 5 milhões de franceses até aquela data foram contagiados, sem contar aqueles que não se testaram. Um grande esforço para todos.

Na vida cotidiana, um número enorme de contágios de acordo com o número de testes realizados. Os sintomas são importantes e não terminou, mas a onda ligada ao Delta está diminuindo (era mais perigoso que os demais) o número reduz e deve se prolongar a medida que o variante se vai. Já a onda de contágio Omicron começa a baixar nos lugares onde chegou primeiro (é o caso de îIle-de-France). Não ocorre o mesmo onde o Omicron chegou mais tarde, onde o aumento ainda é considerável.

A evolução de acordo com o terrirório é clássica, já se sabia que seria dessa forma. A Omicron é certamente muito menos perigosa que seus antecessores e a vacina é a única forma de se proteger pois não se trata apenas de uma simples gripe. Para termos um comparativo, uma gripe na França leva em torno de dez mil franceses aos hospitais todos os anos e com a Omicron esse número foi atingido em apenas três semanas. Centenas de milhares contaminados todos os dias.

Uma pessoa completamente vacinada tem 4,5 menos de risco de pegar a doença e 25 vezes chances de não se hospitalizar na França, portanto a vacinação mudou o rumo da pandemia na história das nações protegidas ao redor do mundo, é claro.

Na França, a mobilização foi excepcional, 93% dos adultos tomaram 1 dose, pouco mais de 91% receberam as duas doses e 62% tomaram a dose adicional. Mas ainda devemos continuar a mobilização, agora com as crianças de 5 à 11 anos. O benefício é grande, foi autorizado e os pais devem realizar essa tarefa. Para os jovens de 12 a 17 anos com comorbidade, também haverá uma chamada importante. Para todos os demais, deve-se continuar o processo de vacinação.

A estratégia e medidas de frenagem para o progresso da pandemia ajudaram a reduzir o número de hospitalizados esse mês de janeiro de 2022, graças a vacinação e ao passe sanitário que passa a ser chamado de passe vacinal. As atividades continuaram, não houve couvre feu ou lockdown e as escolas ficaram abertas esse mês que passou. As dificuldades foram grandes, para os territórios, regiões e professores. Nada seria pior do que fechar os estabelecimentos e escolas na França. Testar para frear, testar para não fechar as portas, esse foi o grande desafio.

Cerca de doze milhões de pessoas se testaram em uma única semana de janeiro na França, é bastante, porém necessário. E é a base de toda a luta contra a pandemia. Quase 1 milhão de auto-testes entregues nas farmácias, diariamente.

Nos primeiros dias de fevereiro as regras mudam

A partir de 24 de janeiro o passe vacinal passou a vigorar. Restaurantes, cinemas, teatros, TGV entre outros, todos deverão apresentar o passe vacinal. O esquema vacinal completo passa a ser importantíssimo.

Após o anúncio da exigência do passe vacinal, no último dia 20 de janeiro, mais de 1 milhão de franceses que não estavam vacinados tomaram sua primeira dose.

Ontem, dia 02 de fevereiro, passou a vigorar as novas regras, e todos os lugares esportivos e culturais que recebem clientes sentados, estão liberados a 100% de sua ocupação, com uso de máscara. A máscara não será obrigatória no exterior. No dia 16 de fevereiro, autorização de consumo nos estádios, nos cinemas e meios de transporte e o consumo em pé nos bares. Tabém a partir desse dia estão autorizados os shows em pé e a reabertura das discotecas.

Um novo protocolo escolar está sendo estudado no retorno das aulas em fevereiro, mas dependerá das autoridades sanitárias. O passe vacinal evita medidas de fechamento de estabelecimentos e incentiva os franceses a se vacinar. Sabe-se que com o esquema vacinal completo, o risco de hospitalização é muito menor.

A França está em uma nova fase da pandemia, confiante e vigilante também, mobilizada e solidária com todas as ações que deve tomar nestes próximos meses. O que aprendemos com essa pandemia é que uma realidade de um dia não é necessariamente a do dia seguinte. Vivendo e literalmente aprendendo.

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