Governo confirma que teleféricos não irão reabrir dia 1º de fevereiro

Uma catástrofe para as estações de esqui na França

Durante semanas, as estações de ski na França já estavam se programando para oferecer outras atividades, que não somente o esqui com a utilização de teleféricos. Mas muitos hotéis ski-in e ski-out e outros trabalhadores que dependem dos teleféricos, como farão ? A única coisa que é certa é que muitos deles não suportarão tal medida. O que fazer agora ?

Segundo o secretário de Estado responsável pelo turismo, “uma reabertura em meados ou no final de fevereiro” parece mesmo “altamente improvável”. Desespero total se instala agora, nas montanhas.

Decisão não é surpresa para os profissionais

Não é uma surpresa mas pode complicar e ser difícil de aceitar para os profissionais do setor. Os  teleféricos para as estações de esqui na França “não irão reabrir o próximo dia 1º de fevereiro, como previsto”, e a indústria do turismo está literalmente se dirigindo para uma ” temporada em branco” , disse o secretário de Estado do Turismo, Jean-Baptiste Lemoyne, hoje, quarta-feira 20 de janeiro, algumas horas depois da reunião do conselho de defesa, dedicado à situação da saúde.

Uma reabertura breve é improvável!

Na verdade, “uma reabertura em meados ou no final de fevereiro parece altamente improvável” , disse ele à imprensa, após uma videoconferência com participação dos profissionais, que esperavam por esta reabertura, para ao menos garantir a sobrevivência do ecossistema da montanha e limitar o impacto, em um setor que representa entre 250.000 e 400.000 empregos diretos e indiretos.

Um futuro encontro para compensar os profissionais

O Primeiro-Ministro, Jean Castex, receberá nos próximos dias os profissionais da montanha para “finalizar as medidas de apoio econômico” que permitirão reforçar o apoio das empresas afetadas por este prolongado encerramento, anunciou Lemoyne. “Os canhões de neve não funcionam, os canhões de compensação têm de estar lá”, disse o Secretário de Estado do Turismo.

Cancelamentos de reservas e queda nas vendas

Por falta de teleféricos, as taxas de ocupação das estações de esqui já caíram para “20% ou 30%” no máximo, “contra 95% normalmente” durante as férias de Natal que deveriam marcar o início da temporada. , sublinhou o Sr. Lemoyne. “Infelizmente, estamos caminhando para uma temporada em branco” agora, porque o mês de fevereiro representa a maior parte da temporada para este setor, acrescentou.

Um sentimento de tristeza absoluta

Do lado dos profisisonais da montanha, extremamente mobilizados nos últimos dias para obter uma decisão favorável, a raiva se mesclou na noite de quarta-feira com resignação.

Esta decisão é uma tristeza absoluta, não se acredita em uma abertura no final da temporada. As últimas esperanças de reabertura estavam para agora em fevereiro, foi um golpe grande. Ficar juntos e tentar salvar o máximo de empresas e profissionais, é a palavra de ordem.

Nem mesmo a carta de Henri Giscard d’Estaing, presidente e CEO do Club Med, sensibilizou o governo para salvar a montanha. Segundo os profissionais, a não reabertura teria consequências de longo prazo: paralisação dos investimentos, saída de grandes provedores de hospedagem, queda na renda das comunidades, quebra de fornecedores … e o desaparecimento de muitos empregos.

Conclusão

Só temos a acreditar que a vacinação corra contra o tempo para salvar o máximo de parceiros e investidores. Somente com a população vacinada é que voltaremos ao convívio, a normalidade de antes.

Essas medidas são duras, porém necessárias para salvar vidas. Mas quantas mais perderemos por conta dos fechamentos ? Há notícias de que o suicídio na França aumentou consideravelmente desde o início da pandemia, e não para de crescer.

Assim como aqui no Brasil, por lá deveremos fazer uma recontagem – assim que estivermos todos “a salvo” – para rever os parceiros e encontrar aqueles que sobreviveram, para juntos reerguer o destino.

Uma tarefa nada fácil para os próximos meses, mas estamos prontos, Turismo Francês e R4PBrazil prontos para seguir em frente e apoiar o trade francês no mercado brasileiro e sul americano.

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