Não é de hoje que falamos aqui no blog sobre diversificar o turismo na França.
Lourdes em especial, é um destino que apresenta tantas outras possibilidades, que são totalmente desconhecidas dos turistas por falta de promoção, as operadoras por não conhecer e então, ficamos apenas no tema religião.
Foi em 1858 que a Virgem Maria apareceu 18 vezes a Bernadette Soubirous, uma jovem de Lourdes, de apenas 14 anos de idade. Entretanto, de lá para cá, muita coisa mudou, melhorou, o destino se adaptou.
Desde então, o Santuário de Nossa Senhora de Lourdes é um dos locais mais importantes de espiritualidade do mundo, acolhendo anualmente milhões de visitantes e peregrinos vindos do mundo inteiro.
Mas a verdade é que todos precisamos nos reconstruir, em movimento e em plena pandemia
E não poderia deixar de ser diferente com Lourdes. Com necessidade de peregrinos e um “novo turista” a cidade de Lourdes espera um novo turismo para o pós-pandemia.
A pandemia de Covid-19 devastou o “mundo das viagens e do turismo” como uma avalanche de demissões, cancelamentos e não poupou quase nenhum canto desse nosso mundão. Mas quando se trata de um destino que vive do turismo religioso apenas, em grupo, ou seja, de grupos de peregrinos como Aparecida em São Paulo ou Lourdes no sudoeste da França, talvez tenha sido ainda mais violento e devastador, do que em qualquer outro lugar.
Lourdes não é mesmo um destino como os outros. Trata-se da segunda maior oferta de em número de quartos na França, depois de Paris. Em Lourdes, o turismo é de massa mesmo, de grupos de peregrinos, viagens organizadas por operadoras de turismo dos quatro cantos do mundo.
Se em 2019 um total 63% das hospedagens em Lourdes eram de grupos de estrangeiros, incluindo brasileiros, o ano de 2020 representou um cancelamento de 90% deste número. Para Lourdes, um desastre. Houve portanto um impacto muito forte na mão de obra sazonal, mais de dois mil empregos desapareceram. Todos foram afetados, hoteleiros, donos de restaurantes, operadores de ônibus e transporte, vendedores de souvenirs, enfim, todos.
Nove ministros em Lourdes nos últimos meses
Tudo isso acendeu um alerta e trouxe o governo mais próximo da região, para socorrer Lourdes, com um plano especial. Em menos de um ano, a cidade recebeu nada menos que nove ministros, incluindo Jean-Baptiste Lemoyne, Secretário de Estado do Turismo, em várias ocasiões. Foram tomadas medidas de apoio e recuperação para prevenir a catástrofe geral do destino, através de um plano de recuperação específico, com um conjunto de 46 medidas, incluindo um fundo de apoio territorial com 20 milhões de euros.
Verão à vista
Seguindo os passos da tendência geral, Lourdes espera também aproveitar este ano ao máximo. O verão então promete! E para isso, é importante atrair novos perfis de visitantes, não apenas peregrinos. Em breve um site dedicado será apresentado aos profissionais. Claro, o santuário continua sendo o ponto máximo da cidade e região, mas Lourdes é muito mais do que espiritualidade. O destino oferece aos turistas um patrimônio natural e ambiental muito vasto e rico, além de um patrimônio histórico e cultural muito bonito.
O destino acaba se vendo obrigado a adaptar-se a esta crise, mas também era algo que já vinham desempenhando, ampliar a comunicação em torno da marca Lourdes, o coração dos Pireneus, e enriquecer a oferta turística.
A digitalização do Santuário de Lourdes
Por sua vez, o santuário também teve que inovar, digitalizando certas festas. Em julho passado, Lourdes United, a primeira peregrinação digital do mundo, reuniu 80 milhões de participantes. Os turistas querem voltar, as peregrinações irão voltar, e para isso o destino trabalha com diversas outras possibilidades na região. Todo o ecossistema de Lourdes se uniu, mais do que nunca.
Se você tem interesse em programar uma viagem para Lourdes ou qualquer outro destino na França, procure pelo Turismo Francês ou sua operadora/agência especializada no destino, de preferência.