A viagem de Ferry de Papeete até Moorea já é um barato por si só. Como já comentei anteriormente, pegamos o horário das 12h45 e logo em 50 minutos estávamos em nosso destino. Fazia sol, um dia quente, calor era o que mais queríamos, parecia até mesmo um dia de verão.
Assim que desembarcamos, recuperamos nossas malas e fomos atrás de nosso guia, da empresa Albert Tours, e encontramos o Tom. O Tom logo nas horas a seguir, seria nossa referência e a ele foi dada a tarefa de nos apresentar a ilha. Fomos então de 4×4 descobrir nossa primeira parada, a montanha Belvedere, não se pode deixar de ir… Fica a uns 400 m de altitude e de lá pode-se ver as duas baías de Moorea. Uma bela vista e próximo de tudo. Foi o primeiro destino daquela tarde em Moorea, foi divertido, tem alma o lugar e sinceramente, o dia estava tão lindo que nos sentimos muito abençoados por estar ali naquele momento.
Na sequência, o nosso próximo destino foi uma visita rápida à usina de Rotui (usina de sucos tipo drinks), coquetéis com suco e vinhos (branco e rosé, nada de tinto). Alí foi uma visita rápida, não ficamos mais que 20 minutos, em realidade como nossa tarde estava curta para fazer tudo que que estava planejado o que visitamos mesmo foi a lojinha e fizemos a degustação de inúmeros sucos como de ananás, banana, goiaba, manga, coquetéis e vinhos. Não conseguimos visitar a fábrica e seu processo de fabricação, teremos de retornar para isso.
A plantação de Ananás (o abacaxi da Polinésia Francesa) foi nossa terceira parada. Ali o Tom nos explicou que a fruta não é de origem Polinésia, veio dos orientais, explicou o cultivo e tudo mais. Nesse momento da viagem nós já estávamos “best friend” do Tom. Contávamos piadas, ríamos juntos e trocávamos ideia como já se fossemos bons amigos. Tom nos disse ali, no meio da plantação que existe uma dificuldade em encontrar trabalhadores para as plantações e colheita do ananás, cerca de 45% dos moradores, habitantes de Moorea partem todos os dias de ferry para trabalhar em Pape’ete (capital, situada na ilha de Tahiti). Tom tem 10 filhos, sua mãe é polinésia e seu pai sueco, pele branca e calejada da roça, pernas picadas pelos pernilongos famintos da ilha, rosto cansado e olhos claros como o azul do mar de Moorea.
Tom nos levou em seguida para visitar o “Tropical Garden”, em outra parte da ilha, outra montanha. Subimos, subimos e mais um pouco. Vista linda, mas a melhor ainda estava por vir. Lá no topo desse lugar, encontrava-se uma senhora, devia ter lá pelos seus setenta e poucos anos, simpática, aliás muito simpática como todos na Polinésia e que nos apresentou sua fabricação de geleia. Numa pequena e simpática casinha – parecia de sapê – super arrumada, nos fez degustar três de suas iguarias. Geleia de baunilha, banana e ananás, simplesmente deliciosas.
O final desse tour, foi simplesmente a “cereja do bolo”. Tom nos levo para a “Magic Mountain”. Subimos três vezes o que subimos na Belvedère e detalhe, com curvas sinuosas, uma subida de mão única, com desfiladeiros por todos os lados. Querem saber, na real, naquele momento todos tivemos receio e “cagaço mesmo” de não chegar no topo. Uma parte do trajeto, o Tom fez de ré, é isso mesmo, de ré. Pois bem, chegamos e avista, simplesmente linda.
Pedimos ao Tom para nos levar a um tempo polinésio, e lá fomos nós. Tom nos explicou que nesse sítio onde fomos “Opunohu” os locais já não conseguem mais sentir tanto o “Mana”, a força, o espírito que os rodeia e protege de todos os males e os guia. Em realidade, o “Mana” – segundo o Tom – foi perdendo força na ilha e muitos locais já não o sentem tão presente como no passado, no tempo de seus ancestrais. Mas olha só, eu senti, senti si um montão de pernilongo me carregando de picadas e também senti uma energia boa, algo diferente. Brincadeira à parte, ali encontramos um córrego com nascente pertinho dali, água puríssima e não resistimos, tomamos mesmo.
Depois de tantas aventuras, Tom nos deixou no InterContinental Moorea. Quando chegamos, a diretora geral do Hotel nos recebeu e havia muitos funcionários da IHG no lobby. Perguntamos do que se tratava e nos disseram que no dia seguinte equipes de colaboradores dos hotéis InterContinental Bora Bora, Moorea e The Brando estariam competindo pois tratava-se dos 30 anos da bandeira InterContinental em Tahiti, um marco, então bolaram uma competição entre os hotéis. Foi um final de tarde super agradável. O sol ainda brilhava, com menos intensidade claro pois já passava das cinco da tarde. Corremos então para a piscina, descaçar e principalmente tentar ajustar o “jetlag”. Esse hotel, correto e confortável, quatro amplo, com bons amenities e wifi free foi uma excelente escolha, creio que não poderia ser melhor. Ah, e a equipe que ganhou foi do InterContinental da Bora Bora.
Nessa primeira noite de Moorea, fomos jantar for ado Hotel. Um restaurante bem bacana, aconchegante, um chef jovem e ousado, pratos deliciosos, boa carta de vinhos, chama-se MayFlower. Pertinho do Hotel. A sócia do restaurante é quem foi nos buscar com seu carro (acho que ela queria mesmo é ter a certeza de que iríamos). O restaurante tem uma área nova, totalmente clean. Super vale a pena, com preços realmente acessíveis.