Fim do verão Europeu, reabertura de um Palácio e seus prejuízos

Sempre trouxemos para nossos leitores, agências e profissionais do turismo, informações sobre o destino, afinal de contas somos especializados em França. Desde o início do confinamento, em março passado, o blog R4P Brazil tem se apresentado como “referência para o destino França” auxiliando agências e operadoras com informações, dicas, roteiros, produtos e atualizações sobre o andamento da pandemia na França metropolitana e ultramarina.

Agradecemos à você, caro leitor, por sua preferência.

Boa leitura,

André RAYNAUD

Fim do verão Europeu, reabertura de um Palácio e seus prejuízos

Neste último verão Europeu que vai até dia 22 de setembro, em plena pandemia já podemos afirmar que aproximadamene 70% dos franceses ficaram em seu país e promoveram o turismo interno. Sabemos ainda então que a retomada do outono será incerta. Muitos hotéis fechados e outros já abrindo, como o Plaza Athénée que reabriu suas portas ontem dia 1º de setembro, com previsão de 20% de reservas até o final do ano e após ficar seis meses fechado.

Este famoso palácio parisiense na avenida Montaigne, em Paris depois de meses de espera não quer evidentemente mais perder tempo, mas é apenas um entre muitos outros que permanecem fechados. Pensem que só esse estabelecimento teve prejuízo de 5 milhões de euros em seis meses, imaginem agora quantos outros mais e multipliquem. Mesmo sabendo que ainda não é o momento, tudo deve estar perfeito, principalmente do ponto de vista da saúde. Neste hotel, foram disponibilizados 69 postos de controle.

As incertezas do Tour de France

Já com o Tour de France, em um artigo que escrevemos recentemente sobre essa importansíssima prova, o turismo interno fica indeciso e pelas cidades onde a prova passa até meados de setembro ainda não há um “boom” de reservas. Pesquisas mais recentes confirmam a tendência de que diante das incertezas do momento, os franceses preferem ficar em casa, muito provavelmente como aqui no Brasil.

A política vs o fracasso da abertura das fronteiras

O vírus retoma seu lugar em diversas capitais, retoma fôlego e agora, chegando o final do verão, muitos países analisam se as flexibilizações outrora apresentadas final de junho realmente surtiram seus efeitos. Hoje, o medo de pegar o avião supera a vergonha de fazê-lo. O que claramente deveremos aprender para não repetir aqui no Brasil.

O fracasso da política europeia neste verão frente a abertura das fronteiras tem muito a ver com isso e nós já comentamos aqui algumas vezes. Não existe turismo em momento de pandemia. Devemos então preparar o futuro.

E olha, o dano chega a centenas de bilhões, enfraquece os destinos mais frágeis e demonstra a incapacidade de entidades, associações e do poder público de enfrentar os desafios essenciais do turismo.

Nossa conclusão

Não devemos esperar que os franceses ou os europeus voltem a lotar aeroportos ou mantenham viagens em seus planos para os próximos meses, visto a política e estratégia europeias adotadas. Eles continuaram por perto, viagens locais até que a vacina esteja pronta e disponibilizada.

Por fim, sem segurança e saúde, dificilmente os franceses voltarão a viajar nos próximos meses, então é uma corrida contra o tempo. Na pior das hipóteses, as cias aéreas serão as primeiras a sentir o retorno da turbulência, na sequência os hotéis, pousadas, agências, enfim toda a cadeia.

A necessidade da vacina é urgente para a sobrevivência do setor do turismo mundial.

 

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