Greve de 2 de outubro: quais serão os impactos nos transportes?

Após uma reunião com o primeiro-ministro Sébastien Lecornu, as centrais sindicais convocaram uma nova jornada de greve para a quinta-feira, 2 de outubro de 2025.

A paralisação deve atingir fortemente os transportes públicos e ferroviários. Vários sindicatos da RATP (metrôs e ônibus de Paris) já confirmaram adesão ao movimento, e a SNCF (trens regionais, Intercités e TGV) também deve enfrentar grandes interrupções.

As previsões oficiais de circulação serão divulgadas nos próximos dias.

Alguns sindicatos afirmaram nesta sexta-feira que “a conta não fecha” após uma reunião com Sébastien Lecornu, novo primeiro-ministro de Emmanuel Macron. Segundo eles, o governo continua se recusando a suspender a reforma da aposentadoria e também não apresentou medidas concretas de justiça fiscal. De acordo com oito das principais centrais sindicais, nenhuma resposta clara foi dada.

Por isso, a união dos sindicatos convocou uma nova greve nacional para a próxima quinta-feira, 2 de outubro de 2025. A paralisação deve afetar bastante o transporte público e ferroviário. Os quatro maiores sindicatos da SNCF (empresa de trens) confirmaram participação: CGT-Cheminots, UNSA Ferroviaire, Sud Rail e CFDT Cheminots.

Impacto esperado na SNCF e na RATP

Em um comunicado conjunto, os sindicatos denunciaram o que chamam de “política de austeridade”. Eles afirmam que os direitos dos trabalhadores dos trens estão ameaçados pela abertura do setor à concorrência e pela fragmentação da empresa. As reivindicações incluem:

aumento geral dos salários e benefícios,

contratação de funcionários temporários (CDD) como efetivos,

fortalecimento do transporte ferroviário de carga pública.

O chamado à greve envolve todos os funcionários da SNCF, o que pode prejudicar trens Intercités, TER e até mesmo os TGVs (trens de alta velocidade), que não haviam parado na greve de 19 de setembro. As previsões de circulação devem ser divulgadas na quarta-feira à tarde.

Na RATP (transporte público de Paris), a situação deve se repetir. Os quatro maiores sindicatos – CGT, Force Ouvrière, UNSA Mobilité e CFE-CGC – devem aderir ao movimento, embora ainda não tenham feito anúncio oficial. Julien Troccaz, dirigente sindical, declarou à BFMTV que é hora de “bater de frente” e que os trabalhadores têm “revanches a tomar”. As previsões de tráfego devem sair entre terça e quarta-feira.

Imagem: © Eric Broncard / Hans Lucas / Hans Lucas via AFP

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